Queda de ônibus em precipício mata 48 pessoas no Peru
LIMA – Ao menos 48 pessoas morreram nesta terça-feira, 2, na queda de um ônibus de ageiros em um abismo de 100 metros após o veículo ser atingido por um caminhão em uma estrada da costa central do Peru, informou a polícia local.
O acidente ocorreu na “curva do diabo” da rodovia Pasamayo, 45 km ao norte de Lima. O coronel Dino Escudero, chefe da Divisão de Controle de Estradas da Polícia, informou que foram resgatados 48 corpos. Escudero disse também que 6 pessoas ficaram feridas e outras 3 estão desaparecidas.

María Elena Aguilar, diretora do hospital Alcides Carrión em El Callao, informou que o estabelecimento onde ela trabalha recebeu cinco feridos “politraumatizados”. Quatro deles permaneciam em estado grave, enquanto um se mantém estável. Outro ferido foi levado ao hospital de Chancay. A estrada de Pasamayo tem 20 quilômetros de extensão, margeia a costa e é uma rodovia perigosa porque é frequente a ocorrência de neblina. Às vezes, a visibilidade é mínima e a alta umidade deixa o asfalto escorregadio.
A rota, muito utilizada, liga a capital ao chamado Norte Chico e é reservada para caminhões e ônibus – os carros circulam por outra via. O coronel Escudero disse que o acidente foi causado por uma colisão traseira, que fez com que o ônibus saísse da pista e caísse no abismo. Luis Martínez, representante da empresa Transportes San Martín de Porres, proprietária do coletivo, disse à imprensa que o motorista do ônibus tinha muita experiência, mas não pôde confirmar se ele ficou ferido ou se morreu no acidente. Também viajava no ônibus uma assistente.
“A empresa afinal vai ter que cumprir com tudo o que lhe compete. Não está se esquivando de nenhuma responsabilidade. Seria preciso determinar o grau de responsabilidade da empresa”, declarou Martínez. Ele disse que antes de sair, o ônibus ou por uma revisão mecânica em Huacho. Mais de 2.500 pessoas morreram em acidentes de trânsito no Peru em 2016, segundo números oficiais. Os dados de 2017 ainda não foram publicados. / AFP.
Fonte: Estadão.