Geral

De cabeleireiro a pastor em quatro anos: quem é George Alves?

Antes de se tornar pastor, Georgeval Alves Gonçalves, de 36 anos, que perdeu o filho e o enteado durante um incêndio em Linhares na semana ada, foi cabeleireiro. George, como é conhecido, atuava no ramo em São Paulo e tinha seu próprio salão. Há cerca de cinco anos, ele se mudou para Linhares, chegou a ter um salão na cidade, mas depois fechou o negócio para se tornar pastor, há quatro anos.

Ele foi preso na manhã deste sábado (28), acusado de atrapalhar as investigações sobre o caso, controvérsias em depoimentos e por suspeita de modificar a cena dentro da casa.

O incêndio ocorreu na madrugada do sábado dia 21, na casa da família de George e da mulher, a pastora Juliana Salles, 27. Os irmãos Joaquim Alves Salles, filho de George, 3, e Kauã Salles Butkovsky, 6, enteado do pastor, morreram no quarto em que dormiam.

George e sua esposa Juliana. Foto: Acervo Pessoal

George e sua esposa Juliana.

De acordo com informações de suas redes sociais, o pastor chegou a fazer cursos para a profissão de cabeleireiro fora do País, em uma instituição da Argentina, a Academia llongueras, de Buenos Aires, antes de ir para Linhares.

Ele também participou de eventos profissionais da área, como a Feira Internacional da Beleza, Cabelos e Estética, em São Paulo. George também dava aula, fazia workshops para ensinar técnicas de cortes e pintura. Ele também atuou em Santo André, São Paulo.

Há quatro anos, George se mudou para Linhares. Na cidade, ele chegou a ter um salão, no bairro Interlagos, mas fechou quando se tornou pastor. Ele era líder da Igreja Batista Vida e Paz, no mesmo bairro.

De acordo com o amigo da família e pastor que atua na Igreja Batista Vida e Paz de Conceição da Barra, Abisai Júnior, George chegou a trabalhar pregando para viciados em drogas e para prostitutas. “Ele não era pastor em São Paulo. Ele se tornou líder no Espírito Santo, mas não é formado em Teologia”.

Na última sexta-feira, os pastores George e Juliana se afastaram dos trabalhos da igreja. Segundo o pastor Abisai, a decisão foi deles e do líder da denominação.

Uma pessoa que é membro da igreja e não quis se identificar, de 23 anos, contou que o pastor é como um pai para ela. “Muitas vezes, ele saiu de sua casa para ir até a minha, ajudar minha família. Ele é como um pai para nós. George era um excelente cabeleireiro e começou a igreja como uma célula (pequeno grupo). Hoje a igreja tem cerca de 300 membros. Todos nós acreditamos em sua inocência e queremos que a investigação corra rápido”.

Fonte: Tribuna online.