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Assembléia Legislativa do ES aprova a volta de 500 policiais civis e militares para a ativa.

A Assembleia Legislativa Estadual (Ales) aprovou nessa terça-feira (24), após manobras do líder do governo na Casa, deputado Rodrigo Coelho (PDT), um projeto de lei que recolocará mais de 500 policiais da reserva, entre militares e civis, em atividade.

Aprovado durante a segunda sessão extraordinária da Casa, com 17 votos a favor e uma abstenção, o projeto recebeu uma emenda do deputado Gilsinho Lopes (PR), relator da proposta na Comissão de Segurança da Assembleia.

Na emenda proposta por Gilsinho, praças e oficiais convocados não poderão prestar serviço nas áreas de inteligência policial e de Polícia Judiciária. O objetivo é evitar que policiais aposentados tenham influência sobre processos istrativos contra os da ativa.

“Os mais de 500 policiais que podem voltar à ativa após a lei ser sancionada só poderão atuar em atividades meio. Os praças poderão atuar em proteção e escolta de agentes públicos; fazer segurança nos arredores e no interior de instalações de prédios públicos, além de atividades istrativas nas organizações militares”, disse.

Já os oficiais da reserva, ainda segundo Gilsinho, poderão atuar na prestação de serviços em comissão, encargo ou missão e em atividades istrativas em geral nas organizações militares estaduais. Todos os policiais da reserva permanecem com os salários relacionados a suas respectivas aposentadorias, acrescidos de adicionais por voltarem para ativa.

Os praças recebem R$ 2 mil. Já os oficiais terão acréscimos de R$ 4 mil. A mesma variação vale para os policiais civis, sendo o cargo de delegado com maior adicional, chegando a R$ 4 mil.

Para Rodrigo Coelho, o projeto tem como objetivo reconhecer o valor dos policiais que estão na reserva, mas que ainda têm muito a oferecer ao Estado.

No entanto, o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar (ACS-ES), sargento Renato Martins Conceição, disse que a questão financeira é que faz os policiais voltarem. “Esses policiais da reserva acabam voltando por conta de dificuldades financeiras. Vão atrás dos adicionais nos salários”, contou.

Reportagem:Tiago Alencar