Primeira parcela do 13° deve deve movimentar R$ 200 bilhões
Os empregadores têm até esta quinta (30) para efetuar o pagamento da primeira parcela do 13º salário. Segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário extra pago a trabalhadores ativos e aposentados vai injetar cerca de R$ 200 bilhões na economia do país. As informações são da Agência Brasil.
Ao todo, segundo o Ministério do Trabalho, o benefício deve ser pago a 48,1 milhões de trabalhadores. Já a segunda parcela do 13º deve ser paga até o dia 20 de dezembro. Para a economista e conselheira do Cofecon (Conselho Federal de Economia) Denise Kassama, com o alto endividamento das famílias, os trabalhadores devem ter prudência e priorizar o pagamento de dívidas.
“Provavelmente, em cada família brasileira, há pelo menos uma pessoa que ficou desempregada por conta da crise. Então, esse é um momento de prudência. Não é o momento de sair gastado, comprando o presente dos sonhos, trocando de carro. As famílias devem avaliar bem a utilização desse recurso”, disse a economista à reportagem.
“A gente não pode esquecer que o 13°, embora seja um dinheiro que vem boa hora, ele não é um aumento de renda efetiva para as famílias. Ele é um plus, um salário extra que serve para agregar um valor momentâneo para as famílias”, pontuou Denise.
A conselheira da Confecon lembra que as famílias estão bastante endividadas e, por isso, outra recomendação é buscar o credor para tentar renegociar os débitos. “Quem quer receber dívida acaba aceitando uma negociação para receber. Tente ao máximo quitar as dívidas”, aconselhou.
Com a proximidade das festas de fim de ano, a economista afirma que “as tentações” podem ser um risco para a saúde financeira das famílias. “Primeiro pague as dívidas e, sobrando algum dinheiro, tente elencar o que é prioritário, entre gastar, poupar ou realizar o sonho. Claro que nem tudo na vida pode ser só pagar conta. Mas para a gente poder curtir o nosso sonho melhor, a gente tem que estar sem dívida”.
Se o trabalhador não resistir e precisar comprar presentes de Natal, outra dica da economista é optar por lembrancinhas. “Natal a gente adora dar presente, mas essa moda tem se reduzido bastante nesse cenário de crise. Então, em vez de presentes caros, luxuoso, busque lembrancinhas porque, no fundo, as pessoas gostam se ser lembradas”.
Fonte: Tribuna online.